A economia portuguesa cresceu 0,6% no segundo trimestre face ao primeiro e 0,8% face a igual período do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Esta é uma notícia positiva e é mérito das empresas, dos empresários, dos trabalhadores portugueses, que conseguiram numa altura em que a zona euro tem um crescimento nulo em termos consecutivos e um crescimento homólogo abaixo de Portugal, eu creio que estes números são muito significativos”, disse à agência Lusa Nuno Magalhães.
De acordo com o líder parlamentar do CDS, os números indiciam consistência e devem servir de motivação para se continuar a fazer um bom trabalho não só na redução de reformas, mas também na ajuda aos empresários portugueses.
“Devem servir de motivação para que num momento dificílimo como o que Portugal está a passar possamos continuar com este crescimento”, disse.
Nuno Magalhães lembrou que nos últimos 15 dias já tinha sido anunciada uma descida sensível do desemprego, ainda que mantendo valores elevados,
“Tivemos também conhecimento do aumento de 8% nas exportações e de uma execução de fundos comunitários na agricultura, absolutamente recorde de 86%. Por isso, estes números hoje divulgados são muito importantes”, disse.
Segundo o líder parlamentar do CDS, estes números vêm revelar que alguns políticos estavam enganados quando se referiam a uma recuperação económica de “sol de pouca dura”.
“Tivemos um não crescimento no primeiro trimestre por isso, importava saber se tinha sido apenas um percalço ou se tinha sido como alguma oposição dizia (…) que teria sido uma recuperação económica de sol de pouca dura. Recordo as declarações do secretário-geral do PS ou de Francisco Assis, que dizia ser a prova da inconsistência da recuperação económica, e de uma oposição mais à esquerda que falava em propaganda. Ora enganaram-se e ainda bem que se enganaram”, disse.
A estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto mostra, assim, que a economia portuguesa desacelerou em termos homólogos já que no primeiro trimestre do ano havia crescido 1,3%. Já na evolução em cadeia, a economia voltou a crescer quando no primeiro trimestre tinha recuado 0,6%.
"O Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 0,8% em volume no 2.º trimestre de 2014, após a variação de 1,3% observada no 1.º trimestre, de acordo com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais", lê-se nos dados hoje divulgados pelo INE.
A justificar o abrandamento da economia em termos homólogos esteve um contributo menos intenso do investimento enquanto a procura externa foi menos negativa.
Lusa/SOL