Santander alarga a Portugal parceria com Aegon

O grupo Santander vai alargar a Portugal a aliança que tem desde 2012 com a holandesa Aegon à qual venderá o controlo dos seguros no país, numa operação idêntica à realizada em Espanha.

Segundo avança a imprensa espanhola de hoje, citando fontes do grupo, a aliança dará à Aegon 51% do controlo do negócio de seguros em Portugal, que serão divididos em duas empresas, uma para seguros de vida e outra para seguros não vida.

Trata-se, segundo refere o jornal El Economista, de replicar em Portugal a aliança que o grupo bancário espanhol tem com a empresa holandesa desde finais de 2012 e que permite a comercialização conjunta de seguros.

Não foi possível obter um comentário do grupo bancário espanhol.

Segundo o acordo para Portugal, o grupo holandês será o fornecedor exclusivo do Santander Totta durante os próximos 25 anos em produtos de vida e seguros gerais, ficando fora do acordo os produtos de poupança, saúde e automóveis.

Para concretizar a operação será feita uma joint-venture [parceria] através de duas empresas onde a Aegon terá 51% do controlo e o Santander Totta os restantes 49%, numa operação cujo valor não é ainda conhecido.

As empresas poderão começar praticamente do zero já que, no caso de Espanha, o Santander transferiu ou reassegurou as apólices comercializadas em Espanha até Julho de 2012 para a AAbbey Life, filial do Deutsche Bank, por 490 milhões de euros.

Isso permitiu aliviar a factura da Aegon que pagou 220 milhões pelo controlo das duas empresas em Espanha.

A quota de mercado do Santander Totta e o dinamismo do banco, numa altura de forte pressão no sector financeiro português, são destacadas pela imprensa espanhola como aspectos favoráveis à operação para a Aegon.

A empresa holandesa terá assim acesso a uma carteira de dois milhões de clientes e o Santander fecha uma parceria que permite ampliar o catálogo de produtos e agilizar a tramitação dos seguros.

Refira-se que a actividade de seguros, operada directamente pelo grupo, representou 126 milhões dos 2.756 milhões de euros de lucros registados nos primeiros seis meses do ano.

O banco estima que a aliança em Espanha tenha representado mais-valias de mais de 400 milhões de euros.

Lusa/SOL