Com as eleições presidenciais em Janeiro do ano seguinte, esse é um timing apertado mas que evitará o desgaste de uma longa campanha. Há exemplos bem-sucedidos no passado. Cavaco Silva guardou até à ultima hora o desfazer do tabu sobre a sua entrada na corrida presidencial, nas eleições presidenciais de Janeiro de 2006 – foi apenas em Outubro de 2005, escassos três meses antes do acto eleitoral. Na altura, Mário Soares já estava há dois meses no terreno como candidato oficial do PS. E Manuel Alegre, correndo por fora, assumira a candidatura meio ano antes de Cavaco.
O calendário de Guterres poderá ser aproveitado pelo secretário-geral do PS para alavancar as legislativas que terão lugar em Setembro ou Outubro de 2015. Costa ou Seguro terão a sua candidatura a PR como argumento de campanha legislativa. Nenhum deles enjeitará essa vantagem.
