500 milhões de euros para crédito à habitação

Foram concedidos 500 milhões de euros pelos bancos para o crédito à habitação no primeiro trimestre de 2014. Um número ligeiramente inferior ao último trimestre de 2013, que registou um valor total de 580 milhões de euros.

Segundo o Market Outlook de Junho de 2014 do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, a prestação média dos novos créditos à habitação também não sofreu grandes alterações, mantendo-se entre 325 e 334 euros. Valores praticamente semelhantes ao último trimestre de 2013.

Também o spread manteve valores muito semelhantes nestes meses, variando entre 2,88% (Dezembro de 2013) e 3,05% (Fevereiro 2014) nos valores mínimos, e entre 3,57% (Janeiro 2014) e 3,95% (Outubro 2013) nos valores máximos.

O mesmo aconteceu nas taxas de juro, com a TANB a atingir um mínimo de 3,25% em Dezembro de 2013 e um máximo de 3,44% em Fevereiro deste ano. Já a TAEG teve uma mínima de 3,96% em Dezembro de 2013 e a máxima de 4,29% em Outubro de 2013. Já a Euribor a seis meses manteve-se entre os 0,37% em Dezembro de 2013 e os 0,41% em Março de 2014.

Malparado estável

Quanto ao crédito de cobrança duvidosa para a habitação, manteve-se entre os 2,25% em Outubro de 2013 e os 2,33% em Março de 2014. Relativamente ao valor médio dos novos créditos concedidos, foi entre 76 mil até e 79 mil euros. O valor médio de avaliação bancária por m² também não sofreu grandes alterações neste período, sendo o mínimo registado em Março deste ano com 993 euros€/m² e 1.019 euros€/ m² em Outubro de 2013.

Lisboa continua a ser a região onde as casas têm um valor médio mais elevado registando 1.180 euros€/m² e a região Centro é onde se verifica o valor médio mais baixo com 831 euros€/m².

As limitações impostas pela conjuntura económica, adensadas pela precaução da banca e pela deterioração do poder de compra, traduziram-se na quebra dos montantes de novos empréstimos à habitação para as famílias. De facto, em 2013, foram concedidos nos primeiros nove meses do ano cerca de 1.469 milhões de euros às famílias, traduzindo-se no valor inferior a anos anteriores, mas ligeiramente acima do ano transacto. Há um ligeiro optimismo no mercado, ao qual não serão indiferentes as mudanças legislativas no mercado imobiliário, com os vistos gold.

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