O agora jogador do Manchester City justificou a sua decisão com o facto de a sua carreira ir “numa direcção diferente” mas também por ter de estar “concentrado em jogar da melhor maneira possível” nos poucos anos que ainda lhe restam. Frank Lampard tem 36 anos.
O ex-pupilo de Roy Hodgson (seleccionador inglês) é o sexto jogador – empatado com o emblemático Bobby Charlton – com mais internacionalizações ao serviço do seu país.
Lampard é assim o último jogador da, apelidada por muitos, “geração de ouro” a abandonar. Apesar de nunca ter ganho nenhuma competição internacional ao serviço de Inglaterra, esta selecção teve grandes jogadores nas suas fileiras ao longo da última década.
São exemplos David Beckham, Steven Gerrard, Ashley Cole ou mesmo Paul Scholes, Michael Owen e John Terry. Os três primeiros representaram o país 115, 114 e 107 vezes, respectivamente.
“É com pesar que aceito e compreendo a sua decisão”, afirmou Roy Hodgson homenageando depois o centro campista inglês, dizendo que “Frank Lampard tem sido um excelente representante do futebol Inglês, tanto como jogador como embaixador fora de campo.”
Futuro da selecção inglesa
Depois da retirada do capitão de Inglaterra, Steven Gerrard, e da decisão de Frank Lampard, a selecção inglesa perdeu os seus principais símbolos no rescaldo do Mundial brasileiro, restando agora o jogador do Manchester United Wayne Rooney como o único representante de Inglaterra que ainda foi convocado para o Euro 2004, realizado em Portugal. Recorde-se que a selecção inglesa perdeu contra Portugal nos quartos-de-final, após marcação das grandes penalidades.
Segundo a BBC, é espectável que Roy Hodgson anuncie na conferência de imprensa, da próxima quinta-feira, o novo capitão da equipa de “sua majestade”.
São cada vez mais os estrangeiros a actuarem nos principais clubes do campeonato inglês (excepção feita ao Liverpool que ontem actuou com seis ingleses no 11 inicial). O campeão em título Manchester City, contra o Liverpool, jogou apenas com um inglês (o guarda-redes Joe Hart).
Um grande contraste com o campeão alemão, Bayern de Munique, que no último jogo do campeonato teve cinco alemães no seu 11 inicial. A aposta em jogadores nacionais nos principais clubes do país parece ter dado frutos ao futebol alemão, visto que venceram o último Campeonato do Mundo.
Avizinha-se por isso uma tarefa difícil para Roy Hodgson formar uma equipa tão forte como a que Inglaterra tem tido nos últimos anos. Hodgson já avisou os jogadores ingleses mais jovens que devem sair do campeonato inglês para ganharem mais experiência.