Segundo Mário Nogueira, "perspectiva-se um ano de muita luta que pode passar por greves e lutas de rua".
O dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava aos jornalistas, em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, onde decorrem hoje as Jornadas Sindicais do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC).
"A primeira coisa que nós iremos fazer é partir para as escolas para desenvolver um processo de auscultação dos professores", acrescentou.
Na sua opinião, importa saber o que os docentes "estão disponíveis para fazer" para enfrentar "a reforma do Estado, a necessidade de defender a Lei de Bases do Sistema Educativo, de defender a escola pública e a profissão de professor".
Mário Nogueira recordou a greve dos professores à avaliação, realizada no último ano lectivo, durante três semanas, e que "teve sucesso".
"Foi uma luta muito difícil, que partiu precisamente de um processo de auscultação em que a esmagadora maioria dos colegas foi favorável a que fosse essa a forma de luta", sublinhou.
O novo ano lectivo "é um ano muito importante — até por haver eleições — para que haja uma mudança profunda das políticas, e isso passa por pôr fora esta gente", disse Mário Nogueira, defendendo a mudança de Governo pelos portugueses nas urnas.
Lusa/SOL