"Os enfermeiros portugueses estão actualmente confrontados com inúmeros problemas", como a "grave carência de profissionais", que provoca processos de exaustão, declarou hoje, em conferência de imprensa, o presidente do SEP, José Carlos Martins.
Para exigir uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas, o sindicato decidiu agendar esta greve nacional que, no dia 25, coincidirá com uma concentração junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
José Carlos Martins admitiu, contudo, que a paralisação pode ser desconvocada se, na reunião de dia 17 de Setembro, o Ministério da Saúde responder positivamente à globalidade das exigências.
O SEP exige ainda, ao Ministério, o reposicionamento salarial dos enfermeiros tendo em conta o seu percurso profissional.
"A degradação acentuada das condições de trabalho inerente à grave carência de enfermeiros atingiu níveis de insuportabilidade para a generalidade dos profissionais", refere o sindicato.
Neste "quadro de carência" há enfermeiros a trabalhar 10 a 15 horas por dia e muitos dias seguidos sem descanso.
Nas contas dos sindicalistas, para as necessidades do país, seriam precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, que se juntariam aos cerca de 39 mil existentes nos serviços públicos.
Lusa/SOL