Questionado pelos jornalistas, no final da habitual reunião do Conselho de Ministros, Marques Guedes adiantou que existem "expectativas de que haja uma pasta com significado" para Portugal, considerando que a do emprego "seria uma boa pasta" a ocupar pelo comissário português.
Carlos Moedas, o comissário indicado por Portugal para integrar o futuro executivo comunitário, reúne-se hoje com o presidente eleito da Comissão Europeia, que, segundo documentos divulgado pela imprensa, poderá atribuir-lhe a pasta do Emprego e Assuntos Sociais.
Depois de o jornal britânico Financial Times já ter avançado, na quarta-feira, que Carlos Moedas ficará responsável pela pasta do Emprego e Assuntos Sociais, também o EurActiv, órgão de informação "online" especializado em assuntos europeus, indica hoje ter tido acesso a um organograma da futura Comissão, com a data de 2 de Setembro, na qual o comissário português surge igualmente com a pasta do Emprego e Assuntos Sociais, ocupada ao longo dos últimos cinco anos pelo húngaro Laszlo Andor.
Marques Guedes ressalvou que esta matéria não foi analisada no Conselho de Ministros e lembrou que não estão totalmente definidas as decisões do presidente eleito da Comissão Europeia relativamente à distribuição de pelouros, adiantando que Portugal acompanha o processo "com muito interesse".
"Aguardamos com toda a serenidade uma decisão que compete à comissão", disse.
Fonte comunitária indicou à Lusa que a reunião entre Juncker e Moedas terá lugar ao princípio da noite, mas não haverá declarações públicas, e será necessário esperar pela próxima semana para conhecer a lista definitiva do colégio de comissários da "Comissão Juncker" e a distribuição de pastas no quadro da nova organização do executivo, que poderá conhecer mudanças profundas relativamente à actual Comissão liderada por José Manuel Durão Barroso, ainda segundo o organograma divulgado pela imprensa de Bruxelas, com a ressalva de que a mesma ainda poderá conhecer alterações.
Depois de Juncker apresentar a sua lista de comissários e respectivas pastas ao Conselho, cada comissário será sujeito a uma audição no Parlamento Europeu, que deverá votar em Outubro o colégio da Comissão Europeia, com vista à sua entrada em funções a 1 de Novembro (a "Comissão Barroso" termina o seu mandato a 31 de Outubro).
Lusa/SOL