"Estou em choque, confesso, e a sensação que me fica é que a sentença não é sobre as acusações, não é sobre o que estava em causa. Eu acho que a sentença tem muito a ver com a minha circunstância", afirmou Armando Vara, adiantando não ser "apenas" a circunstância de ter sido ministro.
O antigo governante e ex-vice-presidente do BCP Armando Vara foi condenado na pena única de cinco anos de prisão efectiva, por três crimes de tráfico de influência.
À pergunta se este foi um julgamento político, Armando Vara respondeu já ter dito "muita coisa", referindo não querer dizer mais.
O processo "Face Oculta" está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objectivo o favorecimento do grupo empresarial de Manuel Godinho, nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas.
Envolve 36 arguidos – 34 pessoas e duas empresas – que respondem por centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influência.
O Tribunal de Aveiro condenou hoje o sucateiro Manuel Godinho, principal arguido no processo, a 17 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, Armando Vara e José Penedos foram condenados a cinco anos prisão efectiva, e Paulo Penedos, a quatro anos de prisão efectiva.
Lusa/SOL