De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), 46,2% dos cursos, ou seja, 495 cursos, já não têm vagas disponíveis para as próximas fases de colocação no ensino superior.
No entanto, há 73 que não tiveram qualquer colocado, mais sete do que os 66 registados em 2013. Destes 73 cursos, a maioria (46) são na área da engenharia, à semelhança do que aconteceu no ano passado.
Também como aconteceu em 2013, os politécnicos voltam a estar em maioria nesta lista, mas há também cursos das universidades de Lisboa, Trás-os-Montes, Aveiro, Évora, Minho e Açores.
Para além de diferentes engenharias, entre os cursos sem colocados há formações em gerontologia, auditoria e fiscalidade, contabilidade, paisagismo e ainda uma licenciatura em redes sociais.
Os dados indicam ainda 1.071 ofertas formativas disponíveis na 1.ª fase do concurso de acesso, menos 26 do que as 1.097 de 2013, mas isto não significa necessariamente que tenham encerrado cursos.
De acordo com explicações prestadas pelo Ministério da Educação e Ciência, a diminuição das ofertas pode explicar-se por encerramentos por iniciativa das instituições, encerramentos por força das orientações legais fixadas para casos de falta continuada de procura, ou, em casos de cursos com vagas para ensino diurno e ensino noturno, por terem deixado de existir vagas para um dos casos.
Numa comparação com a lista de ofertas de 2013, os candidatos em 2014 perderam 11 ofertas em regime pós-laboral, uma vez que este ano estão apenas disponíveis 96, contra as 107 de 2013. Este ano há também menos uma oferta face às sete que existiam em 2013 para o ensino à distância.
Em 2014 houve 301 cursos que tiveram menos de 10 colocados, mas, ainda assim, são menos de metade daqueles que se encontravam na mesma situação em 2013, quando 612 dos 1.097 cursos disponíveis não chegavam à dezena de alunos depois das colocações na 1.ª fase.
Os cursos com menos de 20 colocados nesta fase representam 40% do total, com 429 ofertas de formação nesta situação.
Quase 90% dos 42.408 candidatos a um lugar no ensino superior público conseguiram colocação nas universidades e politécnicos na 1.ª fase do concurso de acesso, mas houve menos colocados na 1.ª opção do que em 2013.
No ano em que o número de candidatos em relação ao ano anterior aumentou pela primeira vez desde 2008 – houve mais 1.989 candidatos em 2014 do que em 2013 (40.419) –, aumentou também o número de colocados na 1.ª fase em relação ao ano anterior, ainda que de forma ligeira.
De acordo com a informação divulgada pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), este ano conseguiram lugar nas universidades e politécnicos 37.778 candidatos, apenas mais 363 do que os candidatos colocados na 1.ª fase do concurso de acesso em 2013. Por ocupar ficaram 13.168 lugares, menos 1.008 vagas do que em 2013.
Em termos percentuais, em 2014 conseguiram colocação apenas 89% dos candidatos, face aos 93% que entraram no ensino superior em 2013.
Os números de acesso à 1.ª fase do concurso estão disponíveis na página de Internet da DGES, em http://www.dges.mctes.pt.
Lusa / SOL