Cerca de 30 países fizeram-se representar, entre os quais os ministros dos Negócios Estrangeiros dos principais países europeus, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América –, os vizinhos fronteiriços do Iraque (exceptuando a Síria), o Qatar, a Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. O Presidente do Iraque, o curdo Fouad Massoum, também está presente.
“Este encontro de hoje demonstra a solidariedade entre os países, bem como a sua vontade no combate ao terrorismo”, disse o Presidente francês, acompanhado por Massoum. “Devemos empenhar-nos ainda mais e continuarmos com os ataques aéreos contra os terroristas”, afirmou Fouad Massoum.
As tropas do Curdistão têm sido as principais forças terrestres a operarem contra o EI, em território iraquiano, sendo natural que nesta conferência sejam acordadas mais formas de financiamento e apoio logístico às tropas curdas e iraquianas. Os países ocidentais já afirmaram que não haverá contingentes militares seus a operarem directamente no terreno.
As autoridades francesas são da opinião de que o plano não se deve restringir ao apoio militar. Defendem que tem também de haver um acordo político, quando o EI estiver “domado”. A França não participou na invasão ao Iraque em 2003 e considera mesmo que essa intervenção, devido à falta de um plano estratégico a longo prazo, em última instância, contribuiu para a actual crise na região.
A França está pronta para se juntar aos EUA nos ataques aéreos no Iraque. “Já informámos o Iraque e já pedimos autorização para sobrevoar o seu território”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius. Os primeiros voos de reconhecimento deverão começar já esta segunda-feira.
Não está previsto contudo qualquer intervenção na Síria, devido às questões legais que isso implica.