Técnicos lusos em maioria na Champions

José Mourinho, Jorge Jesus, André Villas-Boas, Leonardo Jardim, Marco Silva, Paulo Sousa. São estes os seis treinadores portugueses que vão estar em acção na fase de grupos da Champions. Não há país que possa gabar-se do mesmo: a Espanha, com cinco representantes, é o único que consegue rivalizar.

Técnicos lusos em maioria na Champions

“É um atestado de competência aos treinadores portugueses”, salienta ao SOL Jesualdo Ferreira, que por quatro vezes qualificou o FC Porto para os oitavos-de-final, de 2006 a 2010.  

Mourinho é o mais experiente do sexteto presente em 2014/15. Vai para a sua 13.ª presença, a sexta no Chelsea (mais duas no FC Porto, outras duas no Inter de Milão e três no Real Madrid). E já conquistou o troféu em duas ocasiões: em 2004, pelos 'dragões', e em 2010, ao serviço do Inter.

Em vias de iniciar a sua quinta participação com o Benfica, Jorge Jesus também já é um 'cliente' assíduo. Apresenta como melhor registo a chegada aos quartos-de-final, em 2011/12.

Já André Villas-Boas (Zenit) e Leonardo Jardim (Mónaco) tiveram uma experiência anterior em fases de grupos: o primeiro levou o Chelsea aos oitavos-de-final e depois foi demitido a meio dessa eliminatória frente ao Nápoles, na época 2011/12; e o segundo ficou-se pelo terceiro lugar do grupo, na temporada seguinte, ao leme do Olympiacos, acabando relegado para a Liga Europa atrás de Schalke 04 e Arsenal. 

Villas-Boas também orientou o Zenit na edição da época passada, mas apenas num jogo dos 'oitavos', que determinou a eliminação dos russos apesar do triunfo por 2-1 sobre o Borussia Dortmund (imperou a vitória dos alemães no jogo da primeira mão, por 4-2).  

Para Paulo Sousa (Basileia) e Marco Silva (Sporting) será a estreia na prova-rainha da UEFA, embora o técnico emigrante já tenha orientado os húngaros do Videoton e os israelitas do Maccabi de Telavive em pré-eliminatórias. 

Com Guardiola, Luis Enrique, Michel, Ernesto Valverde e Lopetegui, a Espanha é o segundo país com mais treinadores na fase de grupos. Seguem-se França, Itália e Alemanha, com três, num total de 17 nacionalidades distribuídas pelos 32 clubes. Os seis portugueses representam 20% deste universo sem ingleses, o que leva Jesualdo a interrogar-se “como é que um país com tantos problemas como Portugal consegue estas coisas”. A resposta surge logo a seguir: “Consegue muito mais pelo talento individual do que por ser estruturalmente organizado”.

rui.antunes@sol.pt