No domingo fez cinco meses que as estudantes foram raptadas e que se iniciou esta onda de solidariedade. Mas, para além do alerta nas redes sociais, o que foi realmente feito para salvar estas raparigas?
Nem uma foi resgatada
Nos primeiros dias após o rapto, 57 meninas conseguiram fugir do sítio onde estavam retidas. Mas, até hoje (e apesar de todo o ‘buzz’ gerado no mundo ocidental), nenhuma aluna foi salva, nota o Huffington Post.
Foram localizadas há meses
Em Maio, um oficial nigeriano afirmou publicamente que sabia onde estavam as raparigas sequestradas. Um mês depois, um avião de patrulha norte-americano terá localizado um grupo de pessoas, que as autoridades acreditavam ser as meninas levadas pelo Boko Haram.
O governo nigeriano diz que tem lidado com a situação com cuidado, uma vez que um resgate mal feito poderia levar à morte das estudantes. No entanto, existem várias vozes espalhadas pelo mundo que criticam a posição das autoridades daquele país. O Huffington Post dá o exemplo de um membro do clero australiano, que afirma que o Boko Haram é financiado pelo próprio governo nigeriano.
A sua aldeia continua em perigo
Os habitantes de Chibok continuam a viver com medo. Em Junho, o Boko Haram invadiu aldeias vizinhas, deixando a terra natal das estudantes em sobressalto.
Algumas meninas já perderam os pais
Pelo menos onze pais das crianças raptadas já morreram. Uns foram mortos por militantes do grupo terrorista, outros não conseguiram combater certas doenças.
O Boko Haram continua a crescer
Desde Abril, a organização islamista radical já tomou conta de cinco aldeias do nordeste da Nigéria. As autoridades daquele país afirmam ter ‘reconquistado’ algumas delas. O grupo raptou mais três pequenos grupos de meninas, bem como dezenas de meninos e jovens rapazes, explica o Huffington Post. Algumas destas crianças foram salvas.
O Council of Foreign Relations, um think-tank norte-americano, avança que o Boko Haram matou mais de 2100 pessoas desde o dia 14 de Abril.
Exército desfeito…
O Huffington Post revela que pelo menos 40 soldados nigerianos se recusaram a combater o grupo terrorista no passado mês de Agosto. São vários os militares que fogem do exército, que está mal equipado e não consegue lidar com a ameaça.
… E acusado de não respeitar os direitos humanos
Após o ataque do Boko Haram, a imprensa internacional voltou a ‘desenterrar’ o passado das forças de segurança nigeriana. Estas são acusadas de raptar, torturar e matar milhares de civis, acusados de estarem ligados ao grupo terrorista ou contra o governo.