“Há muitas aulas por dar e isto está a preocupar-nos bastante. No ensino secundário começa a ser crítico, porque têm exames no final do ano e em termos de avaliação podem ser prejudicados no seu futuro”, afirmou ao SOL, Jorge Ascensão, presidente da Confap, sublinhando que alguma “ansiedade” dos professores já começou a passar para os alunos. “Nalguns casos, os alunos estão com aulas de substituição, mas noutros, principalmente no fim dos tempos lectivos, acabam por ir para casa, e isso também afecta a dinâmica familiar”.
As associações de pais lamentam que “não haja solução à vista e que este problema da colocação de professores se repita todos os anos”. O representante dos pais considera que os concursos deviam decorrer antes do verão para que a escola tivesse tempo de preparar o ano lectivo com todos os docentes.
Jorge Ascensão lembra ainda que, além dos professores que faltam nas escolas, há mais técnicos que ainda não foram colocados, como os psicólogos, assistentes sociais. “Tudo isto afecta o normal funcionamento das escolas, o processo educativo e o bem-estar da comunidade escolar”, acrescenta.