“Como actor, o meu modo de vida é fingir. Represento personagens fictícias que normalmente resolvem problemas fictícios. Acredito que a humanidade tem olhado para as alterações climáticas dessa mesma forma: como se fosse uma ficção, como se fingir que as alterações climáticas não existem pudesse de alguma forma fazê-las ir embora”, disse o actor na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
DiCaprio, que está prestes a completar 40 anos, é um activista do ambiente e criticou as indústrias poluentes. “Precisamos de taxar as emissões de carbono, e de eliminar os subsídios governamentais para empresas de petróleo, carvão e gás. Eles não merecem os dólares dos nossos impostos, merecem o nosso escrutínio, pois a própria economia morrerá se os nossos ecossistemas entrarem em colapso”.
O discurso do actor também focou as energias limpas. “A boa notícia é que as energias renováveis não apenas são atingíveis como são uma boa medida económica. Este não é um debate de facções, mas humano. Ar limpo e um clima habitável são direitos humanos inalienáveis e resolver esta crise não é um problema de política, é uma questão de sobrevivência”.
Entretanto, os herdeiros da família Rockfeller anunciaram que vão alienar os seus investimentos em combustíveis fósseis para os colocar em energia limpa. Segundo a BBC, o Rockfeller Brothers Fund vai juntar-se a uma aliança de milionários e filantropos que pretendem vender cerca de 40 mil milhões de euros em activos de combustíveis fósseis.
“Há um imperativo moral de preservar o planeta saudável”, disse Valerie Rockefeller Wayne, trineta do magnata John D. Rockfeller (1839-1937), que curiosamente constituiu a sua fortuna colossal graças ao petróleo(foi co-fundador da Standard Oil). “Se ele ainda fosse vivo, como homem de negócios astuto e focado no futuro, estaria a sair dos combustíveis fósseis e a investir em energia limpa e renovável”, disse a esse respeito o director do Rockfeller Brothers Fund.