O militar explicou, contudo, que este abandono tem como objectivo a protecção de um bem maior, a base aérea de Asad.
“As chefias militares são da opinião de que é melhor reforçar a base aérea, em vez de expor as forças, mais desprotegidas, a ataques do EI”, explicou. Centenas de soldados foram recolocados na base para ajudar na sua protecção.
Apesar dos ataques aéreos por parte das forças da coligação, juntamente com as forças iraquianas e apoiadas por milícias sunitas, no terreno, a cidade teve que ser abandonada devido ao forte avanço que os extremistas do EI conseguiram nos últimos dias.
Segundo a Reuters, os jihadistas saquearam três veículos blindados e pelo menos cinco tanques às forças governamentais, aumentando assim o seu arsenal e as suas hipóteses de conquistar outras cidades da região. A capital, Ramadi, também corre o sério risco de ser ganha pelos beligerantes. Amiri está também em perigo. “Amiri é uma cidade chave, é a principal linha de abastecimento de Bagdade e do resto do sul do país”, afirmou Imran Khan, repórter da Al Jazeera destacado em Bagdade.
“Os confrontos em Hit deslocaram 180 mil pessoas. A cidade era uma das poucas onde a ajuda humanitária foi entregue, de forma efectiva, nos últimos meses”, disse a ONU, este domingo.
De visita a Bagdade, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Phillip Hammond, avisou que o EI só poderá ser derrotado através de um “forte trabalho no terreno”, por parte das forças iraquianas. Hammond reiterou a importância dos ataques aéreos, mas insistiu que não é suficiente.