Um porta-voz da Polícia da República de Moçambique já tinha adiantado à Lusa na segunda-feira a ocorrência de um rapto no domingo à tarde na capital do país.
Hoje a Lusa apurou que a vítima é um empresário luso-moçambicano, segundo fonte oficial que se escusou a fornecer mais detalhes do caso.
Este é o segundo rapto ocorrido na área metropolitana de Maputo em menos de uma semana, depois de, no dia 07, o filho do proprietário de uma grande superfície comercial ter sido raptado com recurso a armas de fogo numa das principais artérias da capital, quando se preparava para sair do seu local de trabalho.
O homem, já libertado, foi mantido em cativeiro durante 24 horas numa casa de um bairro da Matola, cidade satélite de Maputo, num caso que teve como desfecho uma acesa troca de tiros entre a polícia e os raptores, e do qual resultaram até ao momento três detenções.
No início de Outubro, foi também libertado um jovem luso-moçambicano, depois de ter estado em cativeiro durante cerca de um mês e meio.
Depois de um período de aparente acalmia, em que não foram registados quaisquer casos desde o início do ano, os raptos verificados desde Agosto reavivaram a vaga deste crime que assolou Moçambique durante cerca de dois anos, vitimando dezenas de pessoas.
O rapto ocorrido no domingo é o 11.º na comunidade portuguesa em Moçambique.
As autoridades portuguesas estão a acompanhar o caso.
Lusa/SOL