"Se preferia a redução da sobretaxa em um por cento no próximo ano? Preferia! Mas se a proposta não foi consensual, então a minha opção era outra: um crédito de imposto, que era um compromisso possível em que todo o ganho de receita fica a favor do contribuinte", alegou.
No final de um jantar com militantes do CDS/PP de Viseu, em que discursou perto de 50 minutos, Paulo Portas sublinhou aos jornalistas que houve ganhos de receitas nos últimos anos e que acredita que estes voltem a repetir-se.
"O Estado fica proibido de se apropriar do adicional da receita. Entre isto e nada, eu prefiro isto", acrescentou.
O líder centrista defende que no Orçamento de Estado do próximo ano foram feitos progressos no sentido da moderação fiscal, apontando como exemplo "um IRS mais amigo das famílias que têm filhos".
"Como têm mais despesas, é preciso ajudá-las primeiro. Passamos também a ter um IRC mais baixo e isso é bom para a economia e o emprego", evidenciou.
Paulo Portas aproveitou ainda para apontar mais "um avanço" do Orçamento de Estado de 2015, em que pela primeira vez será feito o reembolso do IVA aos agricultores.
No seu discurso, que assinalou a comemoração dos 40 anos do CDS/PP em Viseu, o líder centrista frisou que o partido foi chamado à responsabilidade de governar numa altura em que "a casa estava a arder".
"Nunca foi dada a oportunidade de liderar quando há crescimento, apenas quando a bancarrota estava à vista. A nossa primeira tarefa foi sempre de arrumar a casa", referiu.
Nas previsões para o próximo ano, Portas acredita que o cenário nacional vai ser "um pouco melhor", com um "crescimento relevante" do investimento, consumo e exportações.
O evento serviu ainda para dar posse à Comissão Política Distrital e respetivas concelhias recentemente eleitas e, ainda, para homenagear todos os deputados eleitos por Viseu, presidentes de Câmara, presidentes da Distrital deste 1975, bem como aos fundadores do partido dos concelhos do distrito de Viseu.
Lusa / SOL