Dilma lidera sondagens mas Aécio só confia nas suas projecções

A três dias das Presidenciais do Brasil, no domingo, Dilma Rousseff e Aécio Neves continuam tecnicamente empatados nas sondagens, apesar da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) abrir espaço para a sua reeleição frente ao candidato do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB). 

Dilma lidera sondagens mas Aécio só confia nas suas projecções

Numa sondagem publicada hoje no instituto Datafolha, Dilma Rousseff surge com 52% das intenções de voto e Aécio Neves soma 48%. A sucessora de Lula da Silva parece, assim, consolidar-se na frente da corrida depois de ter estado duas semanas consecutivas no segundo lugar das intenções de voto, atrás do seu adversário. 

Aécio Neves já garantiu que não se deixa abalar com pesquisas e acredita que o “Brasil saberá responder nas urnas” ao índice de rejeição à sua candidatura que tem vindo a aumentar nos últimos dias. O candidato do PSDB criticou ainda as sondagens do instituto Datafolha. “Pelo que nós vimos no primeiro turno, essa pesquisa do Datafolha já está me dando como eleito. Sou o próximo Presidente da República se a diferença for essa. Todas as nossas pesquisas apontam uma margem enorme, muito maior do que essa, sobre a candidata [Dilma Rousseff]”, disse. 

“Se eu me abalasse com pesquisas, certamente não teria tido o resultado que tive. Com o resultado que tive no primeiro turno, os institutos de pesquisas estão devendo aos brasileiros explicações, porque os erros foram grosseiros”, acrescentou. 

Lula da Silva apareceu hoje em campanha para defender o voto em Dilma Rousseff e para alertar os eleitores, sobretudo os indecisos, que o voto em Aécio Neves é um voto “no retrocesso”. Já o candidato do PSDB respondeu com um trunfo conseguido à entrada para a segunda volta, depois de Marina Silva, candidata do PSB, ter sido afastada da corrida e de ter anunciado o seu apoio ao ex-adversário: Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, morto a 13 de Agosto, defendeu o voto em Aécio. “Hoje, temos duas possibilidades: continuar como estamos ou trilhar um caminho de mudança”, disse, no programa eleitoral que foi hoje para o ar nas televisões e nas rádios (tempos de antena). 

ricardo.rego@sol.pt