Foi assim que a encontrei na passada semana em que decidi, a convite da Absolut, submergir no underground percorrendo um trilho de clubes imensamente diversos mas que convergiam naquilo que para mim é essencial. A batida que te faz dançar, sorrir e sonhar até de manhã.
Neste campo, o Berghain continua a ser o mundo 'Mad Max' que aprendi a seguir no cinema, onde não há limites para a criatividade e para a diversão, onde cada qual assume um personagem com personalidade própria, onde várias culturas e raças interagem sem olhar à classe social ou ao meio de onde vêm. Aqui não há espaço para a timidez e a noite confunde-se com o dia. Em cima, o Panorama Bar permite contemplar Berlim em horários diferentes.
O Watergate é mais um dos símbolos da cidade, estrutura clubbing onde, à excepção da esplanada colocada estrategicamente em cima do rio, tudo é pista de dança sobrevoada por uma estrutura de luzes que toma a forma do tecto e te eleva para outra dimensão. Não tens outra opção senão dançar, e danças muito!
O que mais me surpreendeu foi, no entanto, o Chalet Ber Lin, recriando como o próprio nome indica um antigo chalet berlinense. Intimista, cheio de cantos e recantos, puro e sem grandes extravagâncias. Os dois pisos e as diversas salas e jardim permitem uma boa conversa ou a mais profunda das viagens. Cartaz desconhecido mas ecléctico e todos em sintonia numa procura constante de novas experiências e conhecimentos. As pessoas abordam-te para falar de música!
Uma palavra final para o evento Absolut, num antigo armazém bem conservado e com uma produção fantástica que nos conseguiu por minutos fazer duvidar se não estaríamos em plena floresta amazónica. Convidados escolhidos a dedo e a apresentação de um novo conceito de iluminação no entretenimento com as pessoas a serem actores principais de diversas projecções. Fantástico! Podemos estar cheios de estilos musicais mais mainstream mas… nós teremos sempre Berlim…!