“O Partido da União Democrática (PYD, principal partido curdo) aceitou o reforço de 1.300 soldados do ESL e agora estão a negociar o caminho que terão que fazer para chegar lá”, disse Erdogan. A Turquia, no dia 10 deste mês, já tinha aceitado treinar e equipar membros dos grupos de oposição a Assad, como o ESL, ditos moderados. O Presidente sírio é inimigo de Ancara.
Apesar da boa nova dada por Erdogan, ouve também uma outra informação menos positiva. “Acabo de ser informado que o número de peshmargas – forças curdas foi reduzido para 150”, declarou o Presidente.
Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Çavusoglu, tinha dado a entender que poderiam ser mais. “Estamos a ajudar as forças peshmergas a chegarem a Kobane ”, declarou.
O Governo de Ancara, ao contrário da coligação militar encabeçada pelos EUA, opõe-se categoricamente a qualquer tipo de assistência directa aos combatentes da Protecção do Povo Curdo (YPG), braço armado do PYD, que tem estado no terreno a combater o EI, tanto na Síria como no Iraque.
Esta intransigência tem muito que ver com o facto de o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PPK) estar a ajudar as forças curdas. “PKK e o EI são a mesma coisa”, tem afirmado, constantemente, Erdogan.
A estratégia de Erdogan é clara: prefere ajudar o Exército Sírio Livre, já que ambos têm inimigos em comum, Assad e o EI.