Fora de casa: abre hoje o AmadoraBD (ou Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, como era mais conhecido). A 25.ª edição traz algumas exposições interessantes. Além das que atrairão mais público (Batman e Mafalda), destaque para a exposição de Jim Curioso – Viagem ao Coração do Oceano. Tal como o livro de Matthias Piccard acabado de publicar em Portugal pela Polvo, esta aventura no fundo do mar tem de se ver com óculos 3D.
Na recta final está o DocLisboa: até domingo há ainda muitas propostas. Aqui ficam três: Belluscone, una Storia Siciliana, sobre as ligações de Berlusconi à Sicília (hoje, às 21h45, no Cinema City); na mesma sessão Respite e Falkenau, o primeiro sobre um campo de refugiados judeus, o outro sobre um campo de concentração (este sábado às 18h45, no São Jorge); e Sosialismi, um retrato do socialismo por Peter Von Bagh, cineasta falecido este ano (sessão de encerramento do DocLisboa, na Culturgest, sábado, às 21h30; mas também no dia seguinte, às 18h45, no pequeno auditório, e na Academia Almadense, às 21h30).
Ainda na margem sul do Tejo: esta sexta à noite, no SeixalJazz, apresenta-se o Carlos Barretto Lokomotiv, formação que ao contrabaixista junta o baterista José Salgueiro e o guitarrista Mário Delgado. Ao trio junta-se um miúdo de grande talento, Ricardo Toscano (saxofone).
A redescobrir: os Led Zeppelin. Prossegue a remasterização dos seus primeiros discos. A partir de terça-feira estão nas lojas as novas edições de IV e de Houses of the Holy. Black Dog, Stairway to Heaven ou The Song Remains the Same são alguns dos clássicos do melhor grupo de rock (não, não é engano) que ganham nova vida.
A descobrir: os portugueses PISTA. O som do trio é rotulado de pedalcore, rockbike e afro-punk. O melhor mesmo é ir ao Youtube, onde já roda ‘Puxa’. Apresentam-se ao vivo no Teatro do Bairro, em Lisboa, na próxima sexta, 31.
Falando de cinema e de música, após a estreia no DocLisboa, está nos cinemas Fado Camané, de Bruno de Almeida. Um documentário feito durante as gravações do mais recente disco (em que sobressai o papel de relevo de José Mário Branco) e se percebe que o fadista é um excelente comunicador apenas quando canta, pelo que se aconselha a obra apenas aos fãs (ficaria bem melhor com menos 20 minutos).
Já foi lançado há uns dias, mas vai sempre a tempo: A Mística de Putin, de Anna Arutunyan (Quetzal). Um elaborado retrato do Presidente russo (com o seu “lúgubre olhar de alumínio”) mas também sobre a sociedade russa e o Estado “patrimonial-irracional”).
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