No livro autobiográfico “Cruzando a linha: A minha história”, o agora jogador do Barcelona voltou a negar ser racista, admitindo contudo ter chamado “negro” a Patrice Evra durante o acalorado Liverpool-Manchester United de 15 de Outubro de 2011.
“O que sei agora, e não sabia à época, é que em inglês há uma palavra que se escreve da mesma maneira, mas que é pronunciada de outro modo e que é altamente ofensiva”, escreve o uruguaio.
“Fiquei horrorizado quando percebi do que estava a ser acusado. E ainda estou triste e furioso de pensar que isso é uma mancha na minha reputação que, provavelmente, ficará para sempre”, declara Suárez.
“Nunca lhe pedi perdão [a Evra] porque sinto que não fiz nada de mal”, diz.
“A minha mulher às vezes chama-me negro e a minha avó chamava sempre negrito ao meu avô”, afirma o jogador, tentando justificar o uso do termo.
No mesmo livro, do qual excertos estão a ser publicados pelo diário britânico Guardian, Suárez aborda também os recorrentes casos de dentadas a adversários em campo. Morder, diz, “é um acto mal visto mas relativamente inofensivo”, justifica.
"Há outros jogadores que reagem partindo a perna a alguém, partindo o nariz do adversário ou fazendo um corte no rosto. Mas morder é mal visto. Eu entendo”, ironiza.