Os resultados finais apontam para a vitória de Jacinto Nyusi à primeira volta, e para a obtenção de uma maioria absoluta pela Frelimo na Assembleia da República de Moçambique.
Nyusi, futuro presidente, obteve um total de dois milhões setecentos e setenta e oito mil votos, correspondentes a 57.03 por cento. Já Afonso Dhlakama, o candidato da Renamo, obteve 36.1 por cento, correspondentes a um milhão setecentos e oitenta e três mil votos.
Daviz Simango, que concorria pelo MDM não conseguiu mais do que 6.36 por cento, com trezentos e nove mil votos.
O milhão de votos que separam Nyusi de Dhlakama foi obtido sobretudo nas províncias do sul do país, onde os eleitores votaram massivamente no candidato da Frelimo.
De facto o candidato da Renamo conseguiu a maioria dos votos em cinco da 11 províncias do país – Nampula, Zambézia, Tete, Sofala e Manica, todas do centro de Moçambique – mas vencendo sempre por uma margem apertada face ao seu rival da Frelimo. Já Nyusi venceu nas duas províncias do norte – Niassa e Cabo Delgado – obteve resultados esmagadores em Gaza, tradicional bastião da Frelimo, e obteve mais de metade dos votos em Inhambane, Maputo província e Maputo cidade.
O novo parlamento continuará a ser dominado pela Frelimo que obteve um total de 144 assentos, contra 89 da Renamo e 17 do MDM.
Apesar de todas as organizações internacionais que enviaram observadores às eleições moçambicanas – nomeadamente a UE, a CPLP e a SADC – terem declarado que consideram as eleições como “globalmente justas”, Afonso Dhlakama já anunciou que irá tentar impugnar o processo.
Desde o princípio da tarde que se vive um clima de grande apreensão em várias cidades de Moçambique, com diversas empresas e lojas a encerrarem as suas actividades.