No dia em que a maioria aprovou, na generalidade, a proposta do Orçamento do Estado para 2015 (OE2015), os funcionários públicos saíram à rua para contestar a manutenção dos cortes salariais, o aumento do horário de trabalho e a privatização de serviços do Estado.
"Passos ladrão, 35 horas sim, 40 horas não", "Não e não ao roubo nos salários" e "Só a demissão é solução" são algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes para ilustrar os motivos desta acção de luta, convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, filiada na CGTP.
À cabeça da manifestação seguem a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
Em declarações à agência Lusa, Ana Avoila afirmou que "a significativa adesão ao protesto está a corresponder às expectativas" e levou ao encerramento de "muitas dezenas de escolas e de serviços de cultura".
Entre as bandeiras sindicais, que dão alguma cor ao desfile, destacam-se algumas negras em sinal de luto pelos serviços públicos.
A coordenadora da Frente Comum disse ainda que a manifestação tem como objectivo responder às medidas de austeridade aplicadas pelo Governo ao longo da legislatura, repudiar a sua política e exigir a sua demissão.
A manifestação nacional da função pública, que partiu do Marquês de Pombal pelas 15h30 rumo à Assembleia da República, conta com a participação de trabalhadores da administração local e central de todo o país.
A Frente Comum emitiu o habitual pré-aviso de greve para dar cobertura legal aos trabalhadores que se deslocaram a Lisboa para participarem no protesto.
Lusa/SOL