Ainda sem números disponíveis sobre a adesão à greve hoje, o dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) Nuno Fonseca disse, à agência Lusa, que "o único indicador" que a estrutura sindical dispõe de momento "é o de que, desde o início da greve, à meia-noite, não houve nenhum tripulante a apresentar-se no terminal de Lisboa".
No primeiro dia de paralisação, na quinta-feira passada, a adesão foi de 90%, segundo o SNPVAC, o que obrigou ao cancelamento de 145 voos previstos para aquele dia, de acordo com a TAP.
Para hoje, num total de 291 voos, a TAP prevê a realização de 135, assegurados pelos serviços mínimos decretados pelo Conselho Económico e Social (CES), mas o sindicato contesta o número.
"Não são tantos voos", referiu aquele elemento da direcção do SNPVAC, esclarecendo que "são cerca de 120, como foi na quinta-feira".
"Desses 120 voos, na quinta-feira, não contando com os serviços mínimos, houve apenas sete voos a sair de Lisboa", recordou.
A greve convocada pelo SNPVAC, filiado na UGT, tem como propósito exigir da TAP o cumprimento de Acordo de Empresa, em vigor desde 2006, designadamente o direito a um fim de semana de descanso de sete em sete semanas e um planeamento atempado das escalas de serviço.
A paralisação dos tripulantes de cabine da TAP está repartida em dois períodos: o primeiro começou entre as 00h00 e as 23h59 de quinta-feira passada e continua hoje, o segundo será a 30 de Novembro e 02 de Dezembro.
No primeiro dia de paralisação, a TAP cancelou quase metade dos voos devido à greve dos tripulantes de cabine da transportadora, mas sem grandes aglomerações de passageiros nos aeroportos, porque a empresa garantiu ter conseguido avisar a maioria dos afectados.
Na quinta-feira, realizaram-se 175 dos 320 voos previstos, o que corresponde a 145 voos cancelados devido à paralisação.
Lusa/SOL