"Se é uma verdade insofismável que hoje Portugal está em boas mãos, é igualmente indispensável afirmar e explicar que voltar para trás seria um desastre nacional e um regresso ao modelo de governação que nos fez passar por tantas dificuldades", afirma Marco António Costa numa carta enviada hoje aos conselheiros nacionais e à qual a Lusa teve acesso.
No documento, o porta-voz do PSD tece fortes críticas ao Partido Socialista, que acusa de correr "contra o tempo, na busca da preservação do designado 'silêncio dos culpados'".
A carta enviada pelo coordenador da Comissão Política Nacional insere-se no âmbito das sessões de apresentação sobre o Orçamento do Estado para 2015 (OE2015) que o PSD irá realizar entre 3 e 11 de Novembro, em todos os distritos do país.
Marco António avisa que durante a discussão sobre o OE2015 os adversários do partido e do Governo "procurarão colocar o foco no tema da antecipação das eleições […] uma táctica do PS para ver se evita uma longa exposição ao escrutínio dos 'media' e da opinião pública".
"Tentarão fugir à assunção da responsabilidade de terem lançado o país na bancarrota, de nada terem feito, durante a fase do resgate, para ajudar Portugal e de, agora, fugirem à construção de consensos ou ainda de fugirem à apresentação de soluções concretas para matérias tão relevantes como a sustentabilidade da dívida ou a reforma da segurança social", insiste o responsável.
Lançando um apelo à participação dos militantes neste debate, Marco António Costa assume na carta que este servirá para "expor este tacticismo irresponsável [do PS], bem como não permitir que se mantenha esta postura habilidosa de fugirem à responsabilidade".
Na ótica do PSD este Orçamento está associado "a uma fase de transição" que, "após três anos de resgate, abre espaço a um novo tempo que os sinais positivos confirmam", nomeadamente, através do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) "acima da média europeia", do emprego e da devolução dos "rendimentos" aos funcionários públicos e pensionistas.
"O ano de 2015 abre um novo tempo para um Portugal mais forte e solidário que se construirá ao longo da próxima legislatura assente em alicerces sólidos, apoiado por um novo quadro comunitário (25 mil milhões de euros) que ajudará a impulsionar ainda mais o crescimento económico já em curso", sublinha o vice-presidente do partido.
O responsável remata, dizendo: "sabemos que Portugal não pode contar com o PS para o presente, nem para o futuro. Quanto ao passado, sabemos que o legado do PS foi a bancarrota".
Lusa/SOL