A PT Portugal quer reduzir o número de directores de primeira linha. Segundo o SOL apurou, esta intenção faz parte do plano de reestruturação interna que a operadora tem em marcha em vários departamentos. O objectivo é cortar custos e optimizar recursos.
Fonte oficial da PT Portugal negou a informação, mas o SOL sabe que a medida foi anunciada na quarta-feira, durante uma reunião do administrador responsável pelo pelouro dos recursos humanos com representantes dos vários sindicatos de sector e a comissão de trabalhadores.
A empresa tem realizado várias mudanças no campo dos quadros de chefia. Segundo as fontes contactadas pelo SOL, haverá 96 directores de primeira linha nas várias empresas do grupo, sendo que a PT Portugal está a estudar reduzir o número para perto de 60. Alguns destes responsáveis serão convidados a sair, enquanto outros irão ocupar outros cargos dentro da PT Portugal, acrescenta outra fonte.
A reestruturação em marcha na PT Portugal – que detém os activos do grupo em território nacional, como a Meo, o Sapo e os contact centers – vem no seguimento do processo de fusão com a brasileira Oi.
Nas próximas semanas, a empresa liderada por Armando Almeida, que substituiu Zeinal Bava, vai também apresentar o novo plano estratégico do grupo.
PT ACS segura
Outro dos assuntos abordados na referida reunião, foi a situação da PT ACS – empresa de prestação de cuidados de saúde do grupo. O administrador desta área, Francisco Nunes, garantiu que a venda da PT ACS não faz parte dos planos do grupo.
A afirmação do responsável surgiu no seguimento da saída dos CTT da lista de clientes da PT ACS e de notícias que indicavam que a Advance Care iria comprar a unidade de saúde da operadora.
Os CTT, o maior cliente da empresa, anunciaram na semana passada que vão mudar para a Médis, alegando melhores condições. A perda de 45 mil assegurados dos correios representa uma perda de dois milhões de euros para a PT ACS.
sara.ribeiro@sol.pt