"Nós seguimos o nosso caminho, não estamos obrigados a seguir ipsis verbis todas as indicações das instâncias internacionais", afirmou o deputado do PSD, Carlos Abreu Amorim, lembrando que o programa da troika foi cumprido e portanto "não vamos abdicar nunca mais da soberania".
O social-democrata precisou que as divergências entre Governo e FMI são apenas de "décimas" nos dados do crescimento e do défice e que, quanto ao aumento do salário mínimo foi uma decisão "justa" do governo.
O FMI considerou hoje "prematuro" o aumento do salário mínimo, prevendo que o défice derrapará para os 3,4%. As previsões do Governo são de 2,7%. Para o deputado, "os factos e números vão dar razão" ao Governo em 2015.
Abreu Amorim aproveitou ainda para lançar farpas à oposição, principalmente ao PS: "É tristemente irónico que os que nos acusaram de servilismo agora nos venham acusar por não nos ajoelharmos perante as instituições internacionais."
O CDS seguiu a mesma linha de argumentação, frisando que o Governo continuará a ter responsabilidade. "O FMI não concorda, nós respeitamos mas pensamos de maneira diferente", afirmou a deputada centrista Cecília Meireles.