Taxas para turistas: Costa diz que Portas não tem ‘legitimidade para falar’

O candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, disse hoje em Torres Vedras que o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, “não tem legitimidade” para falar sobre a taxa para turistas em Lisboa, quando o Governo cobra muito mais. 

Taxas para turistas: Costa diz que Portas não tem ‘legitimidade para falar’

"Sobre os turistas não tem legitimidade para falar, porque por cada embarque já cobra no mínimo doze vezes mais do que aquilo que nos propomos cobrar e por cada dormida já cobra quatro vezes mais", afirmou aos jornalistas António Costa, à entrada de uma sessão para apresentar aos militantes do PS/Oeste a moção que vai levar ao congresso do partido.

Para o também presidente da câmara de Lisboa, as taxas que o Estado cobra aos turistas "destina-se a financiar a actividade geral do Estado e o desperdício da má gestão dos dinheiros públicos por parte do Governo", enquanto a receita da sua taxa se "destina a financiar um fundo de investimento", para concretizar projectos do plano estratégico municipal.

António Costa considerou fundamentais projectos como o Museu dos Descobrimentos, a conclusão das obras da frente ribeirinha e um novo centro de congressos, com mais capacidade do que os existentes para "reforçar a atractividade turística" na cidade.

"Lisboa já é hoje um dos destinos mundiais de turismo de congressos e podemos aumentar esse destino se reforçarmos a capacidade de acolhimento", justificou.

Ainda nas críticas ao Governo, o socialista recorda que o Governo de Passos Coelho foi o que aumentou mais os aos portugueses, enquanto Lisboa é a câmara da Área Metropolitana de Lisboa com taxas fiscais mais baixas: Imposto Municipal de Imóveis na taxa mínima e IRS com 2,5%.

"Como é que o senhor ministro, que cobra no mínimo 12,5 euros por embarque no aeroporto de Lisboa critica um euro por passageiro", questionou António Costa, dirigindo-se ao vice-primeiro-ministro Paulo Portas.

Lusa/SOL