“Ainda estamos no início, mas os trabalhadores têm respondido ao apelo das organizações sindicais, porque, não havendo condições para circular em serviços mínimos, estão a cumprir o seu horário de trabalho na sua esmagadora maioria”, adiantou à agência Lusa, Anabela Carvalheira, da Fectrans.
O Metropolitano de Lisboa revelou na terça-feira passada que o tribunal arbitral decretou serviços mínimos, por considerar que deve ser assegurada a circulação de um quarto das composições que habitualmente transportam passageiros.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumprem hoje uma greve de 24 horas, mas estão ao serviço, uma vez que o mesmo “não tem condições de segurança para circular sem ser no pleno das suas funções”, de acordo com a sindicalista.
“Creio que os trabalhadores compreendem o que é importante nesta altura, não só zelar pela segurança deles próprios, mas também pela dos utentes. Apesar de estarmos com um grande protesto dos trabalhadores vai correr normalmente para os utentes”, frisou Anabela Carvalheira.
De acordo com a mesma responsável, os trabalhadores do Metropolitano querem demonstrar a “importância da luta pelos seus direitos”, afirmando que esta é também “uma luta pelos utentes”, bem como pela manutenção da empresa “na esfera pública, como um transporte de qualidade”.
O Metro de Lisboa está a funcionar normalmente apenas com “algumas perturbações” na linha verde, que liga Telheiras ao Cais do Sodré, apesar do pré-aviso de greve dos trabalhadores para hoje, disse à Lusa fonte da empresa.
Fonte oficial da empresa, explicou hoje ao início da manhã à agência Lusa que as portas de “todas as estações do Metro abriram normalmente às 06:30 como é hábito”, salientando que apenas a Linha Verde estava a registar, àquela hora, "algumas perturbações anunciadas devido à greve, que podem passar pelo maior intervalo de tempo entre as composições”.
Lusa/SOL