O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou hoje que pediu a demissão do Governo, que foi aceite pelo primeiro-ministro.
Na nota, assinada pelo presidente da Direcção Nacional, José Alho, a associação diz sentir-se “defraudada com o ministro Miguel Macedo, que acaba de se demitir, na medida em que a sua ‘passagem’ pelo Ministério da Administração Interna em nada resolveu os problemas dos militares da GNR”.
A ASPIG sustenta que “ao invés, tudo se traduziu em expectativas, intencionalmente adiadas, permitindo, com isso, que as alterações ao Estatuto e Lei Orgânica da GNR, tantas vezes prometidas, se mantivessem, até hoje, "na ‘gaveta’".
A associação lamenta ainda que a reactivação da Brigada de Trânsito e da Brigada Fiscal da GNR, “tantas vezes anunciada”, bem como a regulamentação do horário de trabalho de referência dos militares da GNR “não passaram de promessas para”, acredita a ASPIG, “apaziguar a ‘revolta’ dos militares e garantir a permanência do ministro com pasta da Administração Interna”.
Numa declaração lida no Ministério da Administração Interna, Miguel Macedo considerou que a sua autoridade enquanto governante ficou diminuída com o envolvimento de pessoas que lhe são próximas nas investigações da Operação Labirinto, que visam alegados casos de corrupção na atribuição de vistos 'gold'.
Lusa/SOL