O ataque deu-se um pouco antes da reza das sete horas. Os dois palestinianos, armados com revólveres, facas e machados, atacaram indiscriminadamente até à chegada de dois polícias de trânsito. Seguiu-se um tiroteio que acabou com a vida dos atacantes e deixou um dos agentes em estado grave.
A identidade dos terroristas ainda não foi confirmada, mas a suspeita recai em dois primos, Uday e Rassan Abu Jamal.
O Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza, considerou esta acção uma vingança da morte de um condutor de autocarro palestiniano. Segundo os palestinianos, o condutor de 32 anos foi assassinado por colonos judeus, ao passo que as autoridades israelitas afirmam que se tratou de um suicídio.
Este é o mais recente capítulo do avolumar de tensões nas últimas semanas na cidade santa. A meio de notícias da expansão de colonatos, deram-se atentados a israelitas, um dos quais ao rabino Yehuda Glick. Este ultranacionalista defende a reconstrução do Templo de Salomão no espaço da Esplanada das Mesquitas, um dos locais mais venerados pelos muçulmanos.
Após o atentado, ao qual Glick sobreviveu, Telavive encerrou a Esplanada das Mesquitas, uma decisão inaudita desde 1967 e que enfureceu os palestinianos. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, acusou então Israel de preparar uma “guerra religiosa” e defendeu o direito de defender a mesquita de al-Aqsa por “todos os meios”. Agora, Telavive acusa-o de ser responsável pelo atentado. “As mãos que pegaram nos machados eram dos terroristas, mas a voz era de Abbas”, atacou o ministro da Informação, Yuval Steinitz.