Questionado se fazia sentido deter o antigo governante para interrogatório, facto inédito na democracia portuguesa, o professor de Direito e comentador televisivo disse que "não há respostas absolutas e cada caso é um caso, depende da gravidade do que está envolvido e do somatório dos elementos indiciários recolhidos".
"Falando em geral, há casos em que a solidez daquilo que já está investigado pode justificar a detenção para ouvir, mas noutros casos essa solidez pode levar a que haja primeiro um interrogatório e depois a detenção", disse o também antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, na Mealhada, à entrada para uma sessão dos 40 anos do partido.
O antigo líder social-democrata remeteu a sua apreciação política e jurídica para o habitual espaço de comentário de domingo à noite na TVI, referindo ainda que, "para compreender o alcance jurídico deste caso, precisaremos de ter o resultado do interrogatório e da decisão do juiz, que pode demorar mais ou menos tempo".
Lusa/SOL