À chegada ao Campus da Justiça, o advogado João Araújo, defensor de José Sócrates, limitou-se a dizer "bom dia" aos muitos jornalistas presentes, enquanto Paula Lourenço, que representa o empresário Carlos Santos Silva, também foi parca em palavras, justificando que o processo que envolve quatro detidos suspeitos de crimes corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal "está em segredo de Justiça".
Segundo fontes do Tribunal, o ex-primeiro-ministro vai continuar hoje de manhã a ser interrogado no âmbito do processo ao abrigo do qual está detido desde sexta-feira à noite, no Aeroporto de Lisboa, ao regressar num voo proveniente de Paris.
Para o dia de hoje é esperada a decisão do juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, sobre as medidas de coação a aplicar aos quatro detidos no âmbito desta investigação que levou à detenção do ex-primeiro-ministro, do seu amigo de longa data e antigo administrador do grupo Lena Carlos Santos Silva, do motorista de José Sócrates, João Perna, e do advogado Gonçalo Trindade Ferreira.
Lusa/SOL