“Falar de gastronomia portuguesa é falar de Portugal. Sobre a mesa expõe-se a alma de um povo como se transparente fosse”. Foi assim que Olga Cavaleiro, presidente do conselho directivo da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas abriu o discurso de encerramento do Dia das Confrarias. Assinalado no passado dia 15, na Figueira da Foz, contou com representantes de 80 Confrarias, além da presença do ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, e de Manuel Cabral, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, que no dia anterior tinha visto três néctares da sua região ascenderem ao topo dos melhores vinhos mundiais, segundo a publicação norte-americana Wine Spectator.
A ocasião serviu, por isso, para falar de vinho, de gastronomia e de património cultural, numa triangulação que a Federação das Confrarias Gastronómicas quer articular. Para isso, Olga Cavaleiro e Sofia Galvão, directora de marketing do SOL, assinaram diante da plateia uma parceria.
A partir de Janeiro, cerca de 40 confrarias (ao ritmo de uma por semana) darão a conhecer aquilo que melhor sabem fazer. Segundo a directora desta federação, “as confrarias são potentíssimas agências de marketing”: “Existir uma confraria é sempre uma oportunidade de visibilidade, uma oportunidade para que quem está de fora possa perceber o que distingue uma localidade – que monumentos tem, que geografia física a distingue, por que é que os seus produtos são como são – ou seja, é uma maneira de a conhecer melhor”.
Todas as semanas, na Tabu
O objectivo é que semanalmente, na revista do SOL, a Tabu, cada confraria assuma o papel de anfitriã de uma região, “mostrando aquilo que se eleva – não em artigos maçadores, que possam ser apenas simples descrições do produto ou da confraria, mas que sejam exemplo do que essa localidade tem de melhor, quer ao nível da gastronomia, quer ao nível de todo o seu património cultural”, explica Olga Cavaleiro. “Esse é o trunfo desta parceria”, concluiu.