À porta do tribunal em Lisboa, o antigo dirigente do PSD falou numa “decisão com profundos e clamorosos erros de facto”, bem como “erros jurídicos” que serão sublinhados no recurso a apresentar pela sua defesa.
O advogado e antigo líder parlamentar social-democrata apontou que “nenhum” dos sete altos representantes do BPN que depuseram em tribunal “se considerou enganado” no negócio em causa – o crédito à aquisição de terrenos em Porto Salvo, concelho de Oeiras, onde chegou a ser esperada a construção de novas instalações para o Instituto Português de Oncologia.
“Se este negócio correu mal foi devido à crise e à queda do BPN”, argumentou.
Duarte Lima relaciona o caso com a sua actividade política – apesar de não o considerar um “caso político” – mas sublinhou que “nunca” teve nenhum processo relacionado com o exercício de funções políticas.
O advogado declarou-se ainda satisfeito pela absolvição do filho, Pedro Lima, acusado dos mesmos crimes. “O meu filho foi claramente usado contra mim”, disse.