PS: Ferro Rodrigues e Alberto Martins apelam à união

O actual líder parlamentar do PS e o seu antecessor, respectivamente Ferro Rodrigues e Alberto Martins, apelaram hoje à união do partido e à necessidade de construção de uma política alternativa para o país no XX Congresso socialista.

"Trata-se de aprovar moção de estratégia, mudar os estatutos, eleger uma nova direcção do partido, que está sem uma direcção com legitimidade política há demasiado tempo. É um dia muito importante para o PS e para Portugal. Neste congresso tem de haver uma alternativa à política de austeridade que tem conduzido o país à miséria", afirmou Ferro Rodrigues à chegada à Feira Internacional de Lisboa.

Relativamente à prisão preventiva do antigo líder do PS e ex-primeiro ministro, José Sócrates, o deputado "rosa" afirmou que "já tudo foi dito pelo secretário-geral do PS", acrescentando não ter "mais nada a comentar".

"Ao contrário do que algumas pessoas diziam, quando apoiei António Costa em Junho, que ele ia agora colher os frutos do que tinha sido semeado por outro, eu disse que era completamente falso. Disse que era uma tarefa gigantesca, muito difícil, que exigia grande coragem e responsabilidade. Os acontecimentos que se deram até agora só vêm confirmar essa opinião", acrescentou Ferro Rodrigues.

Alberto Martins, antigo ministro da Justiça, disse tratar-se de "um momento muito importante para o PS", analisando que "as questões da política e do futuro do PS e da sociedade portuguesa se sobrepõem a acontecimentos recentes que têm a ver com factos conhecidos no âmbito da Justiça".

Para o também parlamentar do PS há a necessidade de "reforço da construção da unidade do partido" para combater o empobrecimento do país, a dívida, a pobreza, a opacidade da regulação financeira e da tributação".

"À justiça cumpre exercer as suas funções com respeito pelas regras do Estado de direito, dos direitos e deveres fundamentais dos cidadãos, de todos, seja qual for a sua condição – titulares de órgãos de soberania, magistrados, polícias. À justiça cabe ser competente, isenta, célere e à política cabe a responsabilidade de transparência e garantia do serviço público e do interesse nacional", afirmou.

Lusa/SOL