Pires de Lima lança Rio para Belém

O ministro da Economia sugere o nome do ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, para uma candidatura à sucessão de Cavaco Silva na Presidência da República. António Pires de Lima considera Rio um “bom candidato” e alguém que tem “condições para se apresentar às eleições presidenciais e ganhar”.

Pires de Lima lança Rio para Belém

Ainda assim, Pires de Lima volta também a insistir no nome de Marcelo Rebelo de Sousa para Belém. Já antes o ministro da Economia se mostrara favorável a uma candidatura presidencial de Marcelo, considerando-o “aquele que tem melhores condições para disputar umas eleições representando o espaço do Centro e da Direita democrática”. Na altura esta afirmação causou desconforto na coligação, já que Pedro Passos Coelho garantira que não apoiaria um “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas”, referindo-se, presumivelmente, ao comentador da TVI.

‘Costa é muito hábil’

A propósito do novo secretário-geral do PS, Pires de Lima descreve-o como “muito hábil”. Isto porque “primeiro mete a esquerda no bolso e depois vai falar para o eleitorado do centro, quando a esquerda estiver mais comprometida. Por isso, acho que este movimento é um movimento político hábil”, justifica.

O ministro da Economia chama ainda a atenção para o facto de as eleições antecipadas, antes reclamadas pelo PS, terem sido afastadas pelo Presidente da República e irozina: “Agora eu acho que o PS respira de alívio pelas eleições só acontecerem no período constitucional previsto. Portanto, veja lá como as coisas mudam de uma forma tão rápida em Portugal”.

E sobre uma nova coligação do CDS com o PSD na spróximas eleições legislativas, Pires de Lima mostra-se confiante, considerando que a união dos partidos seria “um desenvolvimento natural depois de quatro anos de governação”.  Tanto mais que na opinião do ministro da Economia, se o CDS se “quisesse destacar autonomamente do PSD para concorrer às eleições legislativas (…) provavelmente já teria de o ter feito antes”.

Por outro lado, Pires de Lima não tem dúvidas de que a detenção de Sócrates vai ter reflexo nas legislativas de 2015. Embora garanta que “por uma questão de princípio e educação jamais [o] verão utilizar este caso da justiça como pretexto para o combate político”.

sofia.rainho@sol.pt