Santos Pereira acusa o actual vice-primeiro-ministro de ter feito “intriga e chantagem com um país numa situação dramática e que estava sob assistência financeira”. Mas os centristas contrapõem que estas acusações vêm de uma pessoa “amargurada e frustrada” e que só mostram que Santos Pereira “não estava preparado para ser ministro”.
“É uma pessoa irrelevante que não dignifica o cargo que desempenhou”, refere um dirigente do CDS, acrescentando que “quando [Santos Pereira] teve oportunidade de fazer não fez e agora vem dizer o que queria fazer”.
Aliás, vários dirigentes ouvidos pelo SOL optam por enaltecer o trabalho do actual ministro da Economia, o centrista António Pires de Lima, em contraponto ao seu antecessor como forma de esvaziar as críticas de Santos Pereira. “O que o país hoje sente é que tem um grande ministro da Economia”, sublinha um destacado dirigente do CDS.
E num ponto são unânimes: Portas está “muito calejado e mais do que vacinado” contra “críticas injustas”.
Santos Pereira, que acusa Paulo Portas de ter estado desde o início contra a sua presença no Governo, defende que o actual vice-primeiro-ministro não merece perdão.
