Os socialistas requereram a presença do ministro da Solidariedade e Segurança Social na Comissão parlamentar para explicar o processo de requalificação de mais de 700 trabalhadores da Segurança Social e que os socialistas acusam de ser um processo de despedimento.
Segundo a deputada do PS, Sónia Fertuzinhos, existem documentos internos da Segurança Social que apontam para que o processo de requalificação esteja concluído até 18 de Dezembro. Os socialistas pediram a presença do ministro até ao dia 12 de Setembro para dar explicações ao parlamento. “O ministro não só não indicou qualquer dia como nem sequer adiantou qualquer justificação ou problema de agenda. É um absoluto desrespeito pela Assembleia da República que deve fiscalizar a acção do Governo”, acusou a deputada.
O PS acusa o Governo de “fugir ao debate e às responsabilidades” e de ter mentido no parlamento. “O ministro disse que estas pessoas não tinham funções e que se sentiam desmotivadas sem nada para fazer. Sabemos que é mentira”, garantiu a deputada que refere que o PS falou com sindicatos e trabalhadores da Segurança Social e que muitos destes trabalhadores estão ligados a áreas importantes como a adopção e ligação às comissões de protecção de menores. “Estas crianças e famílias vão deixar de ter cobertura”, contesta Sónia Fertuzinhos, que lembra ainda que um documento interno do Instituto da Segurança Social datado de Abril deste ano reconhecia que havia um “enorme défice de recursos humanos”, não se compreendendo esta opção do governo.
“O Governo não tem justificação porque é injustificável mas tem que assumir as suas responsabilidades”, afirma a deputada. O PS sairá então da Comissão de Trabalho em protesto e o presidente da Comissão dará nota ao ministro, tentando marcar uma reunião até ao dia 12 deste mês. “Em função disso o PS avaliará o que vai fazer”, conclui.