Em comunicado, a associação do setor refere que está previsto que o ano 2014 possa vir a fechar com uma receita turística na ordem dos 10 mil milhões de euros, 15 milhões de hóspedes e 45 milhões de dormidas, mas estes números poderão ser prejudicados pelos quatro dias de greve, entre 27 e 30 de Dezembro.
"A greve anunciada pelos sindicatos da TAP, a ser concretizada, irá comprometer irremediavelmente esses objectivos. O mês de Dezembro de 2014, pelas projecções feitas, e porque corresponde a um mês muito forte na hotelaria nacional, poderá vir a significar uma receita turística na ordem dos 738 milhões de euros", afirma o presidente das AHP, Luís Veiga, no comunicado.
Segundo o responsável, "a ser concretizada esta greve, que traz impactos não apenas nos quatro dias, mas pelo menos em mais dois, as contas são simples de fazer: o Estado português perde directamente 144 milhões de euros de receita turística e a hotelaria nacional perde 384 mil dormidas e 168 mil hóspedes", além da "repercussão económico-financeira" que a paralisação tem sobre a própria TAP.
O presidente da AHP diz esperar que "haja bom senso e que os vários intervenientes sejam sensíveis aos diversos apelos, e que este ano turístico que tem registado uma performance exemplar, possa terminar com efeitos muito positivos sobre a Balança de Transacções Correntes, além de ajudar a criar valor para o futuro de Portugal enquanto destino turístico e de negócios".
Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais os pilotos, decidiram na quarta-feira avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de Dezembro.
Num comunicado conjunto, a plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP refere que a greve tem como objectivo "sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização".
Já hoje, o ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou à Lusa que está agendada para sexta-feira uma reunião no ministério com os sindicatos da TAP, rejeitando fazer um comentário sobre a convocação da greve.
Lusa/SOL