"Eu pertenci a um exército, que tinha um general, e esse exército perdeu. Eu tinha uma alta patente e aceitarei as questões", afirmou o banqueiro perante os deputados, sendo que o general a que se referia era, naturalmente, Ricardo Salgado, que liderou o BES durante 22 anos.
"Quando pertencemos a um regime, temos que aceitar as consequências. Aceitarei as consequências, no plano individual, que me forem atribuídas. E do ponto colectivo também", sublinhou.
Na opinião de Morais Pires, a equipa de gestão de Salgado também fez "coisas muito boas, como é o caso do Novo Banco", elogiando a criação de milhares de postos de trabalho.
"Infelizmente, contra as minhas expectativas, aconteceu esta situação fatal", assinalou, concluindo: "A autocrítica que eu fiz é muito pragmática. Mas vamos ver no fim, quando se fizer a autópsia, o que realmente aconteceu".
Amílcar Morais Pires começou a ser ouvido às 17:30 de quinta-feira e a sua audição acabou às 00:30 de hoje.
Ainda assim, menos quatro horas do que o tempo que durou a audição de Ricardo Salgado, a mais longa até ao momento naquela comissão parlamentar.
Lusa/SOL