Pyongyang propõe a Washington inquérito conjunto ao ataque informático contra o grupo Sony

Pyongyang propôs hoje a Washington a realização de um inquérito conjunto sobre o ataque informático em massa contra o grupo Sony Pictures no final de Novembro e assegurou não ter qualquer responsabilidade no sucedido. 

Pyongyang propõe a Washington inquérito conjunto ao ataque informático contra o grupo Sony

"Tendo em conta que os Estados Unidos espalham alegações sem fundamento e nos difamam, nós propomos um inquérito conjunto", indicou o ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano. "Sem ir até à tortura como fez a CIA norte-americana, nós temos meios para provar que não temos nada a ver com este incidente", adiantou o ministério, citado pela agência oficial norte-coreana KCNA. 

A Coreia do Sul também acusou hoje a Coreia do Norte de ser a responsável pelos ataques contra o grupo Sony Pictures, semelhantes a ataques similares aos sofridos por bancos e agências de notícias sul-coreanas no ano passado, que foram atribuídos a Pyongyang. 

Seul indicou estar pronta a partilhar com Washington as informações "ligadas ao ataque informático contra a Sony" e a reforçar a cooperação internacional para enfrentar novas ameaças informáticas. 

O Japão enviou a mesma mensagem. Um porta-voz do primeiro-ministro Shinzo Abe declarou que "o governo japonês comunica estreitamente com os Estados Unidos e defende a abordagem destes sobre esta questão", sem aludir directamente aos ataques informáticos da Coreia do Norte. 

O grupo Sony Pictures foi alvo no final de Novembro de um ataque informático reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP ("Guardians of Peace"), durante o qual inumeráveis informações foram roubadas e algumas divulgadas. 

Este ataque forçou a Sony Pictures a anular a estreia do filme "Uma entrevista de loucos" (The interview, título original), uma comédia satírica sobre um 'complot' fictício da CIA para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un, que desencadeou a ira do regime comunista. 

A Coreia do Norte continua a desmentir ter encomendado o ataque informático que o FBI, polícia federal norte-americana, lhe atribuiu claramente. 

Lusa/SOL