“A requisição civil não resolve os problemas dos passageiros nem dos agentes de viagens”, explicou ao SOL Pedro Costa Ferreira, presidente da associação do sector. Para minimizar o problema, os principais operadores turísticos estão a estudar a possibilidade de fretar aviões para garantir alguns dos pacotes já vendidos, em particular para o Brasil e Madeira.
Mas Costa Ferreira adverte que, ainda assim, não deverá ser possível proteger todos os clientes. E lembra que, sendo a greve considerada um motivo de força maior, não deverá haver reembolsos dos valores já pagos, tanto de bilhetes aéreos como de hotéis.
Na Madeira, por exemplo, os principais grupos hoteleiros já estavam a registar cancelamentos, como indica o administrador do Pestana, Luigi Valle. “Há incerteza para os clientes que ainda queriam viajar e os que tinham bilhetes comprados”, comenta Gonçalo Rebelo de Almeida, do grupo Vila Galé, que este ano registou uma procura recorde de portugueses nalguns dos seus resorts no Brasil.