“Um arguido não pode pronunciar-se publicamente sobre factos que lhe são imputados e que constam do processo”, disse ao SOL José Manuel Castro, advogado de Mário Machado, lembrando que, como está em causa um crime de natureza pública, “qualquer cidadão tem legitimidade para fazer queixa”.
Na entrevista, o ex-líder do PS disse que apenas recorreu a “empréstimos” do seu amigo Carlos Santos Silva e explicou alguns factos que lhe são imputados. “Foram umas perguntas formuladas por escrito, respondidas por escrito”, argumentou Pedro Delille, um dos advogados de Sócrates, salientando que este “nunca foi impedido” de dar entrevistas pelo director-geral dos serviços prisionais.
Recorde-se, porém, que em Dezembro passado Rui Sá Gomes subscreveu a decisão do juiz Carlos Alexandre e rejeitou os pedidos de entrevista de todos os outros órgãos de comunicação social ao ex-governante. Questionada pelo SOL, a Direcção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais não esclareceu se irá instaurar um processo disciplinar a Sócrates, alegando que a situação de todos os reclusos é “reservada”.
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