“O Estado Islâmico chegou. Estamos nos vossos computadores, em cada base militar”. Era assim que o CyberCaliphate anunciava, cerca das 17h30 (hora de Lisboa), a tomada da conta do CENTCOM no Twitter e o início da divulgação de dados.
“Sabemos tudo sobre vocês, as vossas mulheres e as vossas crianças”, declararam os hackers naquela rede social e numa série de documentos entretanto divulgados através de um site de partilha de ficheiros.
Os documentos em causa mostram as identidades, contactos e moradas de oficiais das forças armadas norte-americanas, bem como supostos mapas referentes a planos de acção contra a China e a Coreia do Norte.
Não está no entanto comprovada a veracidade destes documentos, ou se são realmente secretos (a imprensa norte-americana afirma que já estavam disponíveis para consulta pública), tal como é possível saber se o colectivo CyberCaliphate opera sob a autoridade do Estado Islâmico ou se apenas age em solidariedade com o movimento extremista.
Cerca de 20 minutos após a ‘invasão’, o fluxo de mensagens foi interrompido e a conta foi posteriormente suspensa pelo Twitter.
Propaganda extremista no YouTube
Também a conta do CENTCOM no YouTube foi tomada pelos hackers afectos ao Estado Islâmico, que publicaram dois vídeos de propaganda do movimento radical.
Este ataque ocorre dias após a vaga de terror em França, uma subsequente "declaração de guerra" do colectivo hacker Anonymous contra o Estado Islâmico e numa altura que o Presidente norte-americano Barack Obama, como refere a Reuters, está prestes a tornar públicas propostas para o reforço da ciber-defesa dos Estados Unidos.