As audições são acompanhadas pelos manifestantes no exterior através de um ecrã instalado num estúdio móvel.
Empunhando bandeiras da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Norte, os manifestantes protestam contra o processo de requalificação de cerca de 700 trabalhadores do ISS, e mostram-se indignados por terem sido impedidos de assistir no interior do parlamento às audiências.
Entre os manifestantes encontram-se professores, assistentes operacionais e terapeutas da fala, que exigem cartazes pintados de negro onde se lê "Je suis trabalhador".
A educadora de infância Maria da Luz Machado, que trabalha há 14 anos na Segurança Social e há 31 anos é funcionária pública, disse à agência Lusa que foi "completamente apanhada de surpresa" neste processo, e adiantou que vai recorrer para o tribunal quando a notificação sair em Diário da República.
O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, é hoje ouvido no parlamento, na sequência de um requerimento potestativo do PS sobre a colocação de 697 funcionários da Segurança Social no regime de requalificação.
Para além do ministro Mota Soares, também a presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Mariana Ribeiro Ferreira, que entretanto está de saída do ISS e decidiu não se recandidatar ao cargo, será ouvida na Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho, sobre o mesmo tema.
Em Setembro, vários centros regionais de Segurança Social fizeram reuniões com cerca de 700 trabalhadores, sobretudo assistentes operacionais (motoristas e telefonistas) para os informar da intenção de os colocar em requalificação (ex-mobilidade especial).
O processo de reorganização do ISS tem por base um estudo de avaliação enviado pelo ISS para o Ministério de Mota Soares e para o Ministério das Finanças, que contém uma previsão dos efeitos concretos da reorganização nos mapas de pessoal.
Lusa/SOL