A associação ambientalista e a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) sublinham, no mesmo comunicado que o investimento em fontes de energia renovável «é vital para a independência económica e energética do país».
As duas organizações estudaram os dados de produção de electricidade em Portugal continental, em 2014, publicados pela Redes Energéticas Nacionais (REN) em Janeiro de 2015 e concluíram que, na consequência do aumento de produção das renováveis, assistiu-se a uma redução do valor de electricidade importada para 1,8% do consumo – o valor mais baixo desde 2002.
O clima contribuiu para estes resultados: 2014 foi mais húmido que a media em 27%, seguindo a tendência de 2013 com um valor de 22%. Foi também favorável em termos de vento, tendo-se verificado um valor semelhante a 2013.
Na energia fotovoltaica, o aumento da capacidade instalada permitiu um aumento de 31% em relação a 2013, tendo superado 1% do consumo, o que, sublinham as organizações, revela o potencial de crescimento deste sector.
Contributo da aposta nas renováveis permite poupanças de 1.565 milhões
As boas notícias continuam: a produção da electricidade de origem renovável aumentou em relação a 2013, tendo sido responsável por 63,8% de toda a electricidade produzida em Portugal Continental em 2014, comparativamente aos 61,7% de 2013. Em cada hora de consumo de electricidade em 2014, 38 minutos tiveram origem em centrais renováveis, dos quais catorze minutos foram produzidos pela energia eólica.
Significa isto que a produção de electricidade de origem renovável em 2014 permitiu também poupar 1500 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis (gás natural e carvão) e 65 milhões de euros em licenças de emissão de CO2.
Finalmente, as associações sublinham que as emissões associadas à produção de energia eléctrica somaram 13 milhões de toneladas de CO2 em 2014 – cerca de 20% do total de emissões de gases de efeito de estufa actuais de Portugal, mantendo-se em linha com os valores de 2013.