“Assim que chegar a Portugal. É o que eu tenho de fazer, se me condenaram”, declarou a partir da fronteira franco-alemã, onde se encontra em trabalho. Prevê regressar “quarta ou quinta-feira da próxima semana”.
“Lamento esta decisão, lamento a justiça portuguesa ser assim, e lamento ser eu a primeira pessoa num Estado de Direito a ser condenada sem poder defender-me”, disse.
O motorista voltou a proclamar a sua inocência e a recusar qualquer arrependimento que não o de ter travado amizade com os pais da vítima.
“Não tenho nada para me arrepender. Arrependo-me é de ter feito certas amizades”, disse sobre o antigo casal Teixeira e Mendonça. “Estão a destruir a vida de uma pessoa e não é com a prisão de um inocente que vão encontrar o filho”, afirmou.
“Com a minha prisão o culpado vai ficar impune e vai-se acabar a esperança, porque o processo é fechado”, alertou.
“A minha maior felicidade era saber do Rui Pedro. Se ele aparecesse, era tudo para mim”, afirmou, recusando alguma vez ter cometido algum crime contra a criança desaparecida e questionando novamente a tese da acusação.
O motorista fora condenado inicialmente a uma pena de prisão de três anos e meio pelo Tribunal da Relação do Porto, que considerou que, em Março de 1998, Afonso praticou um crime de rapto quando levou Rui Pedro, então com 11 anos, de carro até à Lustosa para se encontrar com prostitutas.
“Então eu ia levar o filho da minha melhor amiga às p****, uma criança?”, questionou hoje, em entrevista à RTP.
Afonso Dias desejou contudo “felicidades” aos pais de Rui Pedro e que estes “encontrem o filho”.
“A minha maior felicidade era saber do Rui Pedro. Se ele aparecesse, era tudo para mim”, declarou.